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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os Sumérios

Um Pouco dos Sumérios


"O Povo Feliz"


A Suméria (na Bíblia, Sinar; egípcio Sangar; ki-en-gir na língua nativa), geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia (apesar disto os proto-sumérios surgiram no Norte da Mesopotamia, no atual Curdistão, tal como não eram originalmente semitas, mas sim invadidos por eles via sul proto-árabe), apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da civilização suméria em meados do quarto milénio a.C. Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria.
Três importantes criações atribuídas aos sumérios são a escrita cuneiforme, que provavelmente antecede todas as outras formas de escrita, tendo sido originalmente usada por volta de 3500 a.C.; as cidades-estado - a mais conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur-Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C. e acerveja.
O termo "sumério" é na verdade um exônimo aplicado (e, provavelmente, cunhado) pelos acádios. Os sumérios autodescreveram-se como sag-gi-ga (o povo de cabeças negras) e chamaram sua terra Ki-en-gi, o lugar dos senhores civilizados. A palavra acadiana Shumer possivelmente representa esse nome num dialeto diferente. A respeito dos sumérios, donos de língua, cultura (e, provavelmente, aparência) diferentes da dos seus vizinhos semíticos e sucessores, acredita-se que foram invasores ou migrantes, apesar de que seja difícil determinar exatamente quando esses eventos ocorreram ou mesmo suas origens geográficas. Alguns arqueólogos afirmam que os sumérios procediam, de fato, das planícies mesopotâmicas. Outros sugerem que o termo 'suméria' deveria se restringir à língua sumeriana, baseando-se no fato de que não havia grupos étnicos 'sumérios' avulsos. O próprio termo 'sumério' é geralmente usado para se referir a uma língua isolada no campo daLingüística, já que ela não pertence a nenhuma família lingüística conhecida - ao contrário do acádio, por exemplo, que pertence ao hamito-semítico, ou às chamadas línguas afro-asiáticas.
A origem e a história antiga dos sumérios ainda são pouco conhecidas. O primeiro povoamento civilizado terá sido em Eridu, trazido pelo Deus Enki ou pelo seu assessor ( a partir de Abgallu ou ab=água, gal=grande, lu=homem). Sabe-se que no final do período neolítico, os povos sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldéia. No terceiro milênio, haviam criado pelo menos doze cidades-estadosautônomas: Ur, Eridu, Lagash, Umma, Adab, Kish, Sipar, Larak, Akshak, Nipur,Larsa e Bad-tibira. Cada uma compreendia uma cidade murada, além das terras e povoados que a circundavam, e tinha divindade própria, cujo templo era a estrutura central da urbe. Com a crescente rivalidade entre as cidades, cada uma instituiu também um rei.
O primeiro rei a unir as diferentes cidades, por volta de 2800 a.C., foi o rei de Kish,Etana. Por muitos séculos, a liderança foi disputada por Lagash, Ur, Eridu e a própriaKish, o que enfraqueceu os sumérios e tornou-os extremamente vulneráveis a invasores. Entre 2530 e 2450 a.C., a região foi dominada pelos reis elamitas, que viviam no sudoeste do atual Irã. Após um período de domínio dos elamitas, os sumérios voltaram a gozar de independência. As cidades de Lagash, Umma, Eridu,Uruk e principalmente Ur tiveram seus momentos de glória. Pouco depois os acádios- grupos de nômades vindos do deserto da Síria - começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2550 a.C.. Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no camporeligioso.
Mais tarde, por volta de 2369 a.C., Sargão, o Velho, patési da cidade de Ágade, unificou a maioria das cidades-templos. Apesar da unificação, as estruturas políticas da Suméria continuaram existindo. Os reis das cidades-estados sumerianas foram mantidos no poder e reconheciam-se como tributários dos conquistadores acadianos. Sargão conseguiu ainda submeter os elamitas, antes de lançar-se à conquista das terras ocidentais, até a costa síria do Mediterrâneo. Criou assim um modelo unificado de governo que influenciou todas as civilizações posteriores do Oriente Médio. O grande rei acádio, guerreiro e conquistador, tornou-se conhecido como "soberano dos quatro cantos da terra". Sua dinastia governou aproximadamente entre2350 e 2250 a.C.
O império criado por Sargão desmoronou após um século de existência, em conseqüência de revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades semibárbaros originários dos montes Zagros, a leste da Mesopotâmia, no Alto do Tigre, que investiam contra as regiões urbanizadas, porque a sedentarização das populações do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por volta de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização sumério-acadiana. Depois disso, a história da Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política dos sumério-acadianos era destruída pelos guti, que, por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos sumério-acadianos
Os sumerianos estabeleceram-se ao norte do golfo Pérsico, na embocadura do Tigre e do Eufrates 4000 anos a.C.. Acredita-se que pertencessem a uma etnia vizinha da dos egípcios.
Por volta de 3200 a.C., já tinham uma escrita feita de desenhos ou pictogramas. Mais primitiva que a dos egípcios, esta escrita era traçada com uma ponta, em tábuas de argila que eram cozidas no forno. Mais tarde, os pictogramas foram substituídos por sinais que representavam não mais objetos, mas sons e sílabas. Como se assemelhavam a cunhas, esta escrita foi chamada cuneiforme.
As cidades sumerianas, das quais a principal tinha o nome de Ur, eram construídas sobre vastos terraços artificiais. Cada uma tinha, por chefe, um rei ou governador. Quando morria um deles, enterravam junto suas jóias, sua viúva e seus servidores. Os Sumerianos criaram uma arte vigorosa e realista. Usavam roupas tecidas, possuíam exército regular e utilizavam carros com rodas.
Do lado de fora das cidades-estados, ficavam os camponeses e os escravos, que cultivavam: pepinos, cebolas, legumes, trigo e criavam: bois, porcos e cabras.
Graças à reação do rei de Uruk, que expulsou os invasores depois de um século de domínio intermitente, as cidades ficaram novamente independentes (cerca de 2100 a.C.1950 a.C.). O ponto alto dessa era final da civilização suméria foi o reinado da terceira dinastia de Ur, cujo primeiro rei, Ur-Nammur, reunificou a região sob o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e publicou o mais antigo código legal encontrado na Mesopotâmia, uma compilação das leis do direito sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse período, chamado de renascença sumeriana, essa civilização atingiu seu apogeu, mas esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria.
Uma vez que os estados locais cresceram em força bruta os sumérios começaram a perder sua hegemonia política sobre a maioria das partes da Mesopotâmia.
Atormentados pelos ataques de tribos elamitas e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subseqüentes da Mesopotâmia teve longo alcance. Os amoritas fundaram aBabilônia. Os hurritas da Armênia estabeleceram o império de Mitanni na parte norte da Mesopotâmia por volta de 2000 a.C., enquanto os babilônios controlavam o sul. Ambos os grupos defendiam-se dos egípcios e dos hititas. Esses últimos derrotaram Mitani, mas foram expulsos previamente pelos babilônios, mais tarde, porém, viriam a descer novamente o vale da mesopotâmia, sitiar e saquear a babilônia, abandonando-a à sorte dos Cassitas. Os cassitas, entretanto, venceram os babilônios em 1400 a.C.. Os cassitas foram depois vencidos pelos elamitas por volta de 1150 a.C..
Alguns historiadores também acreditam que um el niño colossal, acelerou o declínio dessa civilização. Se essa teoria (baseada em documentos arqueológicos em escrita cuneiforme) for verdade, uma enorme seca pode ter levado a uma das maiores ondas de fome da Antiguidade.
Os sumérios habitaram várias cidades-estados, cada uma erigida em torno de seus respectivos templos, dedicados ao deus a cuja proteção a cidade competia. Estas cidades, grandes centros mercantis, eram governadas por déspotas locais denominados ou patésis (líder local), ou lugal (título de rei), supremo-sacerdotes e chefes militares absolutos, auxiliados por uma aristocraciaconstituída por burocratas e sacerdotes. O patési controlava a construção de diques, canais de irrigação, templos e celeiros, impondo e administrando os tributos a que toda população estava sujeita. As cidades-estados sumerianas, tradicionalmente, eram cidades-templos. Isto porque os sumérios acreditavam que os deuses haviam fundado as cidades para que fossem centros de cultos. Mais tarde, segundo a religião, os deuses limitavam-se a comunicar os soberanos as plantas das cidades e dos santuários. A ligação dos patésis aos ritos da cidade era extremamente íntima.
Os templos estavam ligados ao poder estatal e suas riquezas eram usufruídas pelos soberanos, chefe político e religioso ao mesmo tempo. "Vigário" da divindade, intermediário entre deus-rei e a humanidade.
Mas estes patesis tinham poderes absolutos? Um homem chamado Kramer, estudioso da área, menciona a notícia de um "parlamento" que teria existido 3.000 a.C. na cidade de Uruk. O soberano consultava os concidadãos mais notáveis nos maiores interesses do Estado, ou seja, guerra ou paz. Além do clero, que administrava os bens do templo.
Junto com os templos das cidades, homenageando o seu deus patrono, não raramente eram erguidos zigurates - pirâmides detijolos maciços cozidos ao sol - que serviam de santuários e acesso aos deuses quando desciam até seu povo.
Dentre as cidades mais importantes do território sumério estavam Eridu, Kish, Lagash, Uruk, Ur e Nippur. Com o desenvolvimento dessas cidades, a tentativa de supremacia duma sobre a outra tornou-se inevitável. O resultado foi um milênio de embates quase incessantes sobre o direito de uso de água, rotas de comércio e tributos a tribos nômades.
Havia também a aristocracia burocrática que cuidava dos interesses do rei, dos bens da casa real, do tesouro público, que recebe os impostos e etc…
Abaixo de toda essa pirâmide, vinha a população e seus diversos afazeres, fazendeiros, barqueiros, pescadores, criadores, negociantes, artesãos, enfim…
E para finalizar, havia escravidão. Esses escravos eram inimigos capturados, ou formas de pagamento de dívidas. Esses escravos porém, tinham alguns privilégios, como liberdade para se casar, por exemplo
Os sumérios mantinham uma produção de cevada, grão-de-bico, lentilha, ervilha, milhete, trigo, nabo, tâmara, cebola, alho,alface, Alho-poró e mostarda. Eles também criavam bovinos, carneiro, cabra e porco. Além disso usavam bois como opção principal no trabalho de carga e burros como animal de transporte. Os sumérios pescavam peixes e caçavam aves selvagens ao longo do rio. A comida geralmente era abundante e, por isso, as populações cresciam.
A agricultura suméria dependia muito da irrigação, sendo efectuada através do uso de canais, barragens, diques e reservatórios. Os canais requeriam reparos freqüentes e a remoção contínua de lodo. O governo ordenava a determinados cidadãos a tarefa de trabalhar nos canais, apesar de os ricos poderem ser dispensados.
Com o uso de canais os fazendeiros irrigavam seus campos e então drenavam a água. Depois deixavam que os bois macerassem a terra e matassem as ervas daninhas. O passo seguinte era dragar os campos com picaretas. Depois de secar, eles os aravam, gradavam e varriam três vezes, pulverizando-os depois com um alvião.
Os sumérios ceifavam durante a fase seca do outono em equipes de três pessoas, consistindo de um ceifador, um enfardador e um feixador. Os fazendeiros usavam um tipo de colheitadeira arcaica para separar a cabeça dos cereais de seus respectivostalos, para então usar um tipo de trenó de triagem, que separava o grão dos cereais. Em seguida peneiravam a mistura de grãos e debulhos.
A planície Tigre-Eufrates carecia de minerais e árvores. As edificações sumérias compreendiam estruturas planoconvexas feitas de tijolos de barro, desprovidas de argamassa ou cimento. Uma vez que tijolos planoconvexos são de composição relativamente instável, os pedreiros sumerianos adicionavam uma mão extra de tijolos, postos perpendicularmente a cada poucas fileiras. Aí então preenchiam as lacunas com betume, engaço, cana e cizânias. Construções feitas com tijolos de barro, entretanto, acabam se deteriorando, de forma que eram periodicamente destruídas, niveladas e reconstruídas no mesmo lugar. Essa constante reconstrução gradualmente elevou o nível das cidades, de modo que se ergueram acima da planície à sua volta. Os aterros resultantes (chamados em inglês de tell) são encontrados através do antigo Oriente Próximo. O tipo mais famoso e impressionante dentre as edificações sumérias chama-se zigurate, uma construção de largas, amplas plataformas sobrepostas em cujo topo encontravam-se templos. Esse maciço edifício de celsa estatura pode ter sido a inspiração para a Torre de Babelbíblica. Selos cilíndricos sumerianos também descrevem casas construídas com cana, similares àquelas construídas pelosárabes das terras baixas da parte sul do Iraque até anos recentes.
Por outro lado, templos sumérios e palácios fizeram uso de materiais e técnicas mais avançadas como reforços (suporte para os tijolos), recessos (quinas), pilastras e pregos de argila.
O historiador Alan Marcus diz que "os sumérios ostentavam uma perspectiva circunspecta sobre a vida."
Um sumério escreveu: "Lágrimas, lamento, angústia e depressão residem dentro de mim. Tolhe-me o sofrimento. O perverso destino me aprisiona e faz com que cesse a vida minha. Sou banhado por uma doença maligna."
Um outro escreveu: "Por que me contam entre os ignorantes? A comida encontra-se em todo lugar, e ainda assim minha comida a fome proporciona. Durante o dia a partilha era orçada; e o orçamento de minha partilha, prejudicada."
Apesar de que as mulheres poderiam alcançar um status mais elevado na Suméria do que em outras civilizações, a cultura permanecia predominantemente masculina
Empreendedores e criativos, os sumérios estabeleceram relações comerciais com vários povos da costa do Mediterrâneo e do Vale do Indo.
Descobertas de obsidiana em locais longínquos da Anatólia e no Afeganistão remontam a Dilmun (hoje Bahrain, um principado no Golfo Pérsico), e vários selos inscritos na grafia dos povos do Vale do Indo sugerem uma rede consideravelmente extensa de comércio antigo, centrado nos limites do Golfo Pérsico.
A Epopéia de Gilgamesh refere-se ao comércio, com terras longínquas, de mercadorias como madeira, já que esse item representava um material escasso na Mesopotâmia. O cedro do Líbano era especialmente apreciado.
Os sumérios usavam escravos, embora esses não representassem a maior parte da economia. Mulheres escravas trabalhavam como tecelãs, prensadoras, moleiras e carregadoras.
A cerâmica suméria decorava vasos com pinturas em óleo de cedro. Os ceramistas utilizavam furadeiras arqueadas para produzir o fogo necessário ao cozimento da cerâmica. Os pedreiros e ourives sumérios não só conheciam como faziam uso demarfim, ouro, prata, galena e lápis-lazúli.
Deixada posteriormente de herança para os babilonicos, a ciência dos sumérios contribuiu em grande parte para o ocidente e oriente. Fazem parte de suas invenções o sistema sexagesimal. Criaram sistema de medidas de capacidade, de superfície e de pesos. Possuiam réguas graduadas. E dividiram os dias em 24 horas iguais: 12 Danna (horas duplas).
Uma tabuinha encontrada em Nippur pode ser considerada o primeiro manual de medicina do mundo! Nessa tabuinha, onde havia fórmulas químicas e fórmulas mágicas (encantamentos), usavam termos tão especializados que para traduzirem precisaram da ajuda de químicos.
Na farmácia, usava-se substancias vegetais, animais e minerais… Laxantes, purgantes e diuréticos formavam a maioria dosremédios daquele povo. Determinadas cirurgias também eram postas em prática.
Os sumérios manufaturavam salitre, conseguido a partir da urina, do cal, de cinzas e do sal. Eles combinavam esses materiais com leite, pele de cobra, casco de tartaruga, cássia, murta, timo, salgueiro, figo, pêra, abeto e/ou tâmara. A partir daí, misturavam esses agentes com vinho, usando o resultado obtido de duas formas: ou passando o produto como se fosse umapasta, ou então misturavam-no com cerveja, consumindo o remédio por via oral.
Os sumérios explicavam a doença como uma conseqüência do aprisionamento, e conseqüente tentativa de escape, de umdemônio dentro do corpo humano. O objetivo do remédio era persuadir o demônio a acreditar na idéia de que continuar residindo naquele corpo seria uma experiência desagradável. Comumente os sumérios colocavam um carneiro ou cabra próximo ao doente, esperando atrair o demônio para dentro do corpo do animal, que, então, seria morto. No caso de não haver ovelhas à disposição, tentavam a sorte com uma estátua, que, se conseguisse transferir o demônio para dentro de si, seria coberta debetume.
A influência chave no exército sumério foi a paupérrima posição estratégica. Obstáculos naturais para defesa existiam somente nas fronteiras a oeste (deserto) e sul (Golfo Pérsico). Quando inimigos mais populosos e poderosos apareceram no norte e leste, os sumérios tornaram-se suscetíveis ao ataque.
As cidades sumérias eram defendidas por muralhas. Os sumérios engajavam-se em guerras de sítio entre suas cidades, e as muralhas de tijolos de barro obviamente não podiam deter os inimigos, que já conheciam o material.
O exército sumério consistia, em sua maior parte, na infantaria. A infantaria leve carregava machados de guerra, adagas elanças. A infantaria de linha de frente também usava capacetes de cobre, capas de feltro e saias (kilts) de couro.
Os sumérios inventaram a carruagem, à qual atavam onagros (burros selvagens). Essas carroças antigas não funcionavam tão bem em combate quanto os modelos construídos posteriormente, e alguns sugeriram que as carroças serviam primeiramente como meio de transporte, embora o time de guerra sumério carregasse machados de guerra e lanças. A carroça, ou carruagem, suméria constituía de um dispositivo a quatro-rodas manejado por uma equipe de duas pessoas e ligado a quatro onagros. A carroça era composta por cestas entretecidas, e as rodas possuíam um sólido design triplo.
Os sumérios usavam fundas e arcos simples (só mais tarde a humanidade inventaria o arco composto.)
Tratar dum assunto tal como a "Religião Suméria" pode ser complicado, uma vez que as práticas e crenças adotadas por aquele povo variaram largamente através do tempo e distância, cada cidade possuindo sua própria visão mitológica e/ou teológica.
Entre as principais figuras mitológicas adoradas pelos sumérios, é possível citar An, deus do céu; Nammu, a deusa-mãe; Inanna, a deusa do amor e da guerra (equivalente à deusa Ishtar dos acádios); e Enlil, o deus do vento. Cada um dos deuses sumérios (em sua própria língua, dingir - no plural, dingir-dingir ou dingir-a-ne-ne) era associado a cidades diferentes, e a importância religiosa a eles atribuída intensificava-se ou esmorecia dependendo do poder político da cidade associada. Segundo a tradição suméria, os deuses criaram o ser humano a partir do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas. Quando estavam zangados ou frustrados, os deuses expressavam seus sentimentos através de terremotos ou catástrofes naturais: a essência primordial da religião suméria baseava-se, portanto, na crença de que toda a humanidade estava à mercê dos deuses.
Os sumérios acreditavam que o universo consistia num disco plano fechado por uma cúpula de latão. Já a vida após a morte envolvia uma descida ao vil submundo, onde se passava a eternidade numa existênciadeplorável, em uma espécie de inferno.
Os templos sumérios consistiam de uma nave central com corredores em ambos os lados, flanqueados por aposentos para os sacerdotes. Numa das pontas do corredor achavam-se um púlpito e uma plataforma construída com tijolos de barro, usada parasacrifícios animais e vegetais.
§                     Granéis e depósitos geralmente se localizavam na proximidade dos templos. Mais tarde, os sumérios começaram a construir seus templos no topo de colinas artificiais, terraplanadas e multifacetadas: esses templos especiais chamavam-sezigurates!
Os sumérios possuíam três tipos de barco:
§                     os barcos de pele, feitos a partir de cana e peles de animais.
§                     os barcos a vela, caracterizados por serem feitos com betume, sendo à prova d'água.
§                     os barcos a remo (com remos feitos de madeira), às vezes usados para subir a correnteza, sendo puxados a partir de ambas as margens do rio por pessoas e animais.
Os sumérios são geralmente considerados os inventores da astronomia, o estudo da observação dos astros. Nas ruínas das cidades sumérias escavadas por arqueólogos desde o princípio do século XX, foram encontradas muitas centenas de inscrições e textos deste povo sobre suas observações celestes. Entre estas inscrições existem listas específicas de constelações e posicionamento de planetas no espaço, bem como informações e manuais de observação.
Existem textos específicos sobre o sistema solar e o movimento dos planetas em torno do Sol, na sua ordem correta.[carece de fontes] Os sumérios consideravam o sistema solar um conjunto de 12 planetas, contando o sol e a lua.[carece de fontes] O décimo planeta era chamado por eles de Nibiru, um planeta além de plutão com uma orbita muito extensa. Muitas destas inscrições, cuja idade ultrapassa os 4500 anos de idade, estão agora conservadas no Museu do Antigo Oriente Próximo[1], um conjunto de 14 salas na ala sul do Museu Pérgamo
A língua suméria é uma língua isolada, o que significa que não está diretamente relacionada a nenhuma outra língua conhecida, apesar das várias tentativas equivocadas de provar ligações com outros idiomas. A língua suméria é aglutinante, ou seja, osmorfemas (as menores unidades com sentido da língua) se justapõem para formar palavras.
Credita-se aos sumérios a invenção do sistema cuneiforme de escrita (caracteres em forma de cunha), que foi utilizada por toda a Mesopotâmia e povos vizinhos. Os próprios acádios, após invadirem e conquistarem a Suméria, adotaram o sistema cuneiforme daquele povo para materializar a própria língua (similarmente ao que há hoje entre o português e o inglês, por exemplo, onde ambos usam o mesmo alfabeto para representar idiomas diferentes).
A escrita cuneiforme começou como um sistema pictográfico, onde o objeto representado expressava uma idéia. Um barcomarcado por determinados sinais, por exemplo, poderia significar que ele estava carregado ou vazio. Com o tempo, os cuneiformes passaram a ser escritos em tábuas de argila, nos quais os símbolos sumérios eram desenhados com um caniçoafiado chamado estilete. As impressões deixadas pelo estilete tinha forma de cunha, razão pela qual sua escrita terminou sendo chamada de cuneiforme.
Um corpo extremamente vasto (muitas centenas de milhares) de textos na língua suméria sobreviveu, sendo que a maioria está gravada nas tabuinhas de argila citadas no parágrafo anterior. A escrita suméria está grafada em cuneiforme e é a mais antiga língua humana escrita conhecida. Os tipos de textos sumérios conhecidos incluem cartas pessoais e de negócios e/ou transações comerciais, receitas, vocabulários, leis, hinos e rezas, encantamentos de magia e textos científicos incluindomatemática, astronomia e medicina. Inscrições monumentais e textos sobre diversos objetos, como estátuas ou tijolos, também são bastante comuns. Muitos textos sobrevivem em múltiplas cópias pelo fato de terem sido transcritos repetidamente porescribas "estagiários". A escola de Edubba (termo sumério que significa "Casa de Tabuinhas"), por exemplo, era um dos centros de aprendizagem onde arquivos e escritos literários eram guardados (ou seja, grafados) em tabuinhas de argila. Edubba foi um dos primeiros centros acadêmicos e um dos primeiros receptáculos de sabedoria de que se tem conhecimento.
A compreensão dos textos sumérios hoje em dia pode ser problemática até mesmo para especialistas. Os textos mais antigos são os mais difíceis, pois não mostram a estrutura gramatical da língua de forma sólida.
Os sumérios talvez sejam mais lembrados devido às suas muitas invenções. Muitas autoridades lhes dão crédito pelas invenções da roda e do torno de oleiro. Seu sistema de escrita cuneiforme foi o primeiro sistema de escrita de que se tem evidência, pré-datando os hieróglifos egípcios em pelo menos 75 anos. Os sumérios estavam entre os primeiros astrônomos, possuindo a primeira visão heliocêntrica de que se tem conhecimento (a próxima apareceria por volta de 1.500 a.C. por parte dos Vedas na Índia). Afirmavam também que sistema solar constituía-se de 5 planetas (apenas 5 planetas podiam ser vistos a olho nu).
Desenvolveram também conceitos matemáticos usando sistemas numéricos baseados em 6 e 10. Através desse sistema, inventaram o relógio com 60 segundos, 60 minutos e 12 horas, além do calendário de 12 meses que usamos atualmente. Também construíram sistemas legais e administrativos com cortes judiciais, prisões e as primeiras cidades-estados. A invenção da escrita possibilitou aos sumérios o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transferi-lo a outros. Isso levou à criação de escolas, à educação e oficialização da matemática, religião, burocracia, divisão de trabalho e sistema de classes sociais.
Também os sumérios inventaram a carroça e, possivelmente, as formações militares. Inventaram a cerveja. O mais importante de tudo, talvez, seja o fato de que, de acordo com muitos acadêmicos, os sumérios foram os primeiros a domesticar tanto plantas como animais. No caso do primeiro termo, através de plantações sistemáticas e da colheita de uma descendência de grama mutante, conhecida atualmente como einkorn, e de sementes de trigo. Com relação ao segundo termo (i. e, os animais), os sumérios domesticaram-nos através do confinamento e da procriação de carneiros ancestrais (similares à cabra montês e aogado selvagem (búfalos). Foi a primeira vez que essas espécies foram domesticadas e criadas em larga escala.
Essas invenções e inovações facilmente colocam os sumérios entre uma das culturas mais criativas de toda a Antiguidade, e mesmo da história.
§                     5000 - Desenvolvimento primitivo da Suméria
§                     4000 - Desenvolvimento da alta civilização
§                     3500 - Sumérios estabelecem-se na Mesopotâmia. Construção do templo em Tell Uqair, que durou de 3500 a 1900 a.C.
§                     3300 - Escrita suméria em tábuas de argila (escrita pictórica ou pictorial)
§                     3250 - A escrita suméria evolui para a cuneiforme; a roda é usada na Mesopotâmia
§                     3000 - Rivalidades políticas e militares. Construção do Templo Branco em Uruk (de pé até 2750 a.C.)
§                     2750 - O lendário Gilgamesh reina sobre Uruk; Enmebaragesi & Agga reinam sobre Kish
§                     2600 - A rainha Shudu-ad é enterrada nos Túmulo Reais de Ur
§                     2550 - Mesalim reina sobre Kish
§                     2500 - Rei de Ur, primeiro rei a possuir registros escritos na Suméria; Lugalannemudu de Abab unifica cidades-estados
§                     2475 - Ur-Nanshe reina sobre Lagash, Meskalamdug reina sobre Ur. Conflitos militares entre Lagash & Umma perduram por um longo tempo
§                     2375 - Lugalzaggisi (ou Lugalzagesi) de Umma unifica a Suméria por um curto período de tempo
§                     2350 a 2340 - Sargão, o Acádio derrota Umma e Lugalzaggisi, conquistando a Suméria e a Acádia, criando um império de superioridade política e econômica
§                     2250 - Revivificação de cidades-estados; inventa-se o arco-composto, cujas flechas são capazes de penetrar armaduras de couro e possuem o dobro do alcance concedido por arcos comuns.
§                     2230 - Invasão gútia quebra a unidade acádio-sumeriana.
§                     2217 - Shar-kali-sharri, rei da Acádia, perde o Elam, invade Gútio e é assassinado

Papiro
§                     2200 - A Acádia entra em colapso devido às invasões do norte. Data-se daqui o mais antigo documento do Egito escrito em papiro
§                     2175 - Gudea reina sobre Lagash
§                     2148 - La'arab, rei de Gútio, conquista a Acádia vindo do leste e invade a Suméria
§                     2133 - Utu-hegal reina em Uruk
§                     2120 - Utu-hegal, rei de Uruk, expulsa os Gútios; Abraão deixa a cidade de Ur (há discordâncias. Conf. 2000)
§                     2112 - Nova unificação da Suméria e Acádia, desta vez por Ur-Nammu de Ur. O novo governante deixa textos legais à posteridade, conhecidos por As Leis de Ur-Nammu
§                     2100 - Construção do zigurate em Ur
§                     2047 - No Egito, Mentuhotep II completa a reunificação, dando início ao Reino, ou Império, Médio
§                     2030 - Nova quebra da unidade acádio-sumeriana, desta vez pelos elamitas
§                     2020 - Ishbi-Erra, governante amorita de Isin, tenta unificar novamente o território
§                     2000 - Os indo-europeus deixam a área do Mar Negro em direção ao Oriente Médio numa das maiores correntes migratórias da história da humanidade. Desenvolvimento da civilização minóica em Creta, na Grécia. Os cítios vêm da Ásia Central e invadem a Ásia Ocidental a cavalo. Amoritas nômades invadem a Mesopotâmia pelo norte e oeste e estabelecem-se num vilarejo chamado Babilônia. A população mundial gira em torno de 27 milhões. Os hititas migram do vale do Danúbio para a península da Anatólia. O Egito conquista a Baixa Núbia. Diz-se que Abraão deixa a cidade de Ur e marcha à Palestina(alguns datam o acontecimento em 2120). Período patriarcal de Israel. A civilização de Harappa na Índia desfalece. Desenvolvimento dos primeiros centros de cerimônia no Peru. Era Micênica na Grécia. Marduk é adorado como o deus capital da Babilônia. Creta começa a usar navios com quilhas e costeletas. Foi nessa época também que supostamente ocorreu o pior El Niño da história, tão poderoso que conseguiu afetar algo que rarissimamente chega a essas regiões, levando milhares dos habitantes dessa região à morte.
§                     1934 - Leis de Lipit-Ishtar
§                     1900 - Leis de Eshnuna da Babilônia; Antigo Período Assírio; Império Babilônico
§                     1860 - Desenvolvimento do alfabeto semítico primitivo
§                     1850 - Armas de cobre são endurecidas com o uso de martelos
§                     1800 - Os hititas expulsam os assírios da Anatólia; migração ariana da parte sul da Rússia em direção ao Oriente Próximo
§                     1795 - Rim-Sin de Larsa derrota Isin, obtendo controle sobre a Suméria e a Acádia
§                     1792 - Hamurabi sobe ao trono da Babilônia
§                     1770 - É feito o Código de Hamurabi, um dos mais antigos conjuntos de leis da humanidade
§                     1760 - Hamurabi derrota Larsa, obtendo controle sobre toda a Suméria e a Acádia
§                     1720 - Invasores hicsos expulsam habitantes egípcios do Baixo Egito; mudança no rio Eufrates, e conseqüente colapso da vida em Nippur, além de outras cidades sumérias
§                     1700 - José lidera o povo hebreu Egito adentro (fato histórico???); popularização da arte minoana em Creta. Mais tarde, os palácios de Cnossos e Faistos são destruídos pelo fogo. Os gregos usam armaduras de bronze, espadas cortantes e lanças inviscerantes
§                     1600 a 1595 - Invasões e razias hititas quebram a unidade acádio-sumeriana. A Suméria como se conhecia é extinta.

Arte da antiga Suméria (sul da antiga Babilônia, hoje sul do Iraque), teve lugar no local onde se desenvolveu uma civilização de cidades-Estados durante o terceiro milênio a.C.. Os sumérios apresentaram uma das mais ricas e variadas tradições artísticas do mundo antigo, a base sobre a qual se desenvolveu a arte dos assírios e babilônios. Grande parte do que conhecemos da arte suméria procede das escavações das cidades de Ur e Erech. O aspecto dominante da arquitetura das grandes cidades era o templo-torre (zigurate). As fachadas com colunas tinham decoração de lápis-lazúli, conchas e madrepérola. Também eram produzidas jóias do mais delicado trabalho em ouro e prata,esculturas de cobre, cerâmica, gravuras e selos. Os sumérios trabalhavam bem a pedra e a madeira, e foram pioneiros na utilização de veículos com rodas.

A Epopeia de Gilgamesh ou Épico de Gilgamesh é um antigo poema épico da Mesopotâmia(atual Iraque), uma das primeiras obras conhecidas da literatura mundial. Acredita-se que sua origem sejam diversas lendas e poemas sumérios sobre o mitológico deus-heroi Gilgamesh, que foram reunidos e compilados no século VII a.C. pelo rei Assurbanipal. Recebeu originalmente o título de Aquele que Viu a Profundeza (Sha naqba īmuru) ou Aquele que se Eleva Sobre Todos os Outros Reis (Shūtur eli sharrī). Gilgamesh provavelmente foi um monarca do fim do segundo período dinástico inicial da Suméria (por volta do século XXVII a.C.).[1]
A sua história gira em torno da relação entre Gilgamesh e seu companheiro íntimo, Enkidu, um homem selvagem criado pelos deuses como um equivalente de Gilgamesh, para que o distraísse e evitasse que ele oprimisse os cidadãos de Uruk. Juntos passam por diversas missões, que acabam por descontentar os deuses; primeiro vão às Montanhas do Cedro, onde derrotam Humababa, seu monstruoso guardião, e depois matam o Touro dos Céus, que a deusa Ishtarhavia mandado para punir Gilgamesh por não ceder às suas investidas amorosas.
A parte final do épico é centrada na reação de transtorno de Gilgamesh à morte de Enkidu, que acaba por tomar a forma de uma busca pela imortalidade. Gilgamesh intenta uma longa e perigosa jornada para descobrir o segredo da vida eterna e vem a consultar Utnapishtim, o herói imortal do dilúvio. Depois de ouvir Gilgamesh, o sábio proclama: "A vida que você procura nunca encontrará. Quando os deuses criaram o homem, reservaram-lhe a morte, porém mantiveram a vida para sua própria posse." Gilgamesh, no entanto, foi celebrado posteriormente pelas construções que realizou, e por ter trazido de volta o conhecimento perdido de diversos cultos para Uruk, após seu encontro com Utnapishti. A história é conhecida por todo o mundo, em diversas traduções, e seu protagonista, Gilgamesh, se tornou um ícone da cultura popular.
Seu registro mais completo provém de uma tábua de argila escrita em língua acádia do século VIII a.C. pertencente ao reiAssurbanipal, tendo sido no entanto encontradas tábuas com excertos que datam do século XX a.C., sendo assim o mais antigo texto literário conhecido, e seria o equivalente mesopotâmico de Noé.
A primeira tradução moderna foi realizada na década de 1860 pelo estudioso inglês George Smith.
Esta epopéia contém a mais antiga referência conhecida ao dilúvio, que é recorrente em várias culturas e que está presente naBíblia. Esse registro, herdado por tradição oral dos tempos pré-históricos, de acordo com algumas teorias, terá tido a sua origem no final da última era glacial. Outras teorias dizem que foi um tombamento do eixo planetário, causado ou pela gravidade de um meteoro que passou perto da terra durante a época ou pela inversão do polo magnético da terra que acontece de tempos em tempos.
A primeira tradução feita a partir do original para o português foi feita pelo Professor Emanuel Bouzon da PUC-Rio.
Versões de fragmentos atuais desenterrados pela arqueologia atestam entre outras histórias a lenda de dois seres que se amaram, Isa e Ani, geraram uma filha, Be. Porém Ani esteve na floresta de Humbaba procurando por Isa, e dizem que por algum motivo nunca mais se viram. As inscrições em cuneiforme (principalmente o Assírio) atestam que ele nunca desistiu de procurar Isa, e este casal é o fundador do amor mesopotâmico.

O sumério foi a primeira língua escrita conhecida. O seu sistema de escrita, chamado cuneiforme (o que significa "em forma de cunha"), foi mais tarde também usado para a língua acadiana. Foi mesmo adaptado a línguas indo-europeias como o hitita (que também era escrito com um sistema hieroglífico, tal como faziam os egípcios) e o persa antigo, muito embora esta última língua se limitasse a usar os mesmos instrumentos de escrita e as formas das letras não tivessem relação com as do cuneiforme.
A escrita era do tipo semanto-fonética com símbolos fonéticos para sílabas e também logogramas que representavam palavras inteiras. A direção da escrita era variável. Textos mais antigos se apresentavam em colunas verticais. mas por volta de 3.000 a.C a direção mudou para horizontal da esquerda para a direita. Nessa época os símbolos foram girados em 90º sentido anti horário e passaram a ser simplificados sendo formados somente por cunhas e traços.
Inicialmente havia até cerca de mil símbolos, quantidade que caiu para cerca de 400, depois para 255, que eram 8 para vogais, 98 sílabas de vogal+consoante e 149 de consoante + vogal; Um mesmo símbolo poderia ter diferentes pronúncias. Houve 5 períodos para essas simbologia com aletrações nos anos de 3000 a.C – 2800 a.C – 2500 a.C – 1800 a.C – 600 a.C.

O sumério era aglutinante e fazia grande uso da composição. Por exemplo, as palavras para grande e homem eram compostas para formar a palavra para rei, "lugal".
O sumério é uma língua ergativa. Isto significa que o sujeito de uma frase, que obtém um objecto directo, está no chamado caso ergativo, que se marca com a posposição -e. O sujeito de um verbo intransitivo é "marcado" com um absolutivo, que não é escrito: por exemplo, lugal-e e2 mu-dru3 "o rei construiu a casa"; lugal ba-gen "o rei foi".

Fontes:
WinkipédiA

A
A    Adaptado: J.ay...



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